Avaliação psicológica em processos judiciais de abandono afetivo: conflitos familiares e as demandas do judiciário

Autores/as

Resumen

A indenização por abandono afetivo caracteriza-se como um processo judicial em que um filho move ação solicitando compensação financeira pelos danos morais decorrentes do abandono de um dos genitores. O objetivo deste estudo, retrospectivo documental, foi compreender a dinâmica de processos de indenização por abandono afetivo, identificando a relevância das contribuições da psicologia jurídica nesse tipo de ação. Estudamos em profundidade dois laudos psicológicos decorrentes de avaliações psicológicas realizadas em dois processos por abandono afetivo, julgados em uma Vara de Família do Sul do Brasil. Identificamos que os filhos envolvidos nos conflitos conjugais buscaram a judicialização como recurso de esclarecimento da situação familiar, sendo essa uma estratégia para chamar os genitores ao reconhecimento de uma lacuna que foi aberta na relação paterno ou materno-filial. A psicologia jurídica, nesse contexto, chama a atenção para o reconhecimento da complexidade do conflito, bem-estar dos indivíduos envolvidos e necessidade de atenção especializada.

Palabras clave

Avaliação psicológica, Abandono afetivo, Psicologia forense, Família

Biografía del autor/a

Beatriz Pires Coltro, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Graduanda de Psicologia na Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC. Realizou estágio não-obrigatório em Psicologia Forense, tendo atuado nas Varas da Capital.

Andréia Isabel Giacomozzi, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora adjunta do Departamento de Psicologia da UFSC. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Pesquisa em Psicologia Social e da Saúde, atuando principalmente nos seguintes temas: Saúde - Doença, aids, Sexualidade, adolescência, Uso/abuso de drogas e Violências. É vinculada ao PPGP-UFSC.

Karime Elizabete Bozza Gallotti Peixoto, Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC)

Possui graduação em Psicologia pela Universidade de Passo Fundo (2000) e especialização em Psicologia Jurídica pela Potifícia Universidade do Paraná (2012). Atualmente é psicóloga do Poder Judiciário de Santa Catarina, atuando nas Varas da Família da Capital. Tem experiência na área de Psicologia Jurídica, com ênfase em avaliação e perícia psicológica.

Publicado

22-12-2017

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