Gestión Autónoma de Medicación como un programa para sujetos políticos en la salud mental

Autores/as

Resumen

Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é uma estratégia mobilizadora de escolhas ao tratamento medicamentoso, ao acesso a direitos sociais e uma rede de cuidado. Neste estudo analiso os guias GAM e suas ofertas para produção de autonomia e modos de vida para usuários da saúde mental. Trata-se de uma pesquisa documental, tendo os guias como instrumento de análise, inspirado pelo pensamento foucaultiano. Temos uma busca por orientação médica e diagnósticos, logo, a lógica de prescrição cria programas de condutas e incentivos a segui-los. Dessa forma, como resultados os guias se assemelham a um programa com efeitos de prescrição, que se tornam aceitáveis para saúde mental, mas que formam uma imprevisibilidade. Assim, cada sujeito constrói seu perfil de usuário se governando a partir de práticas construídas através da racionalidade de um programa que tem proximidade com modos de vida políticos e autônomos como preconiza a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Palabras clave

Saúde Mental, Autonomia Relacional, Gestão Autônoma da Medicação

Citas

Amarante, Paulo. (2010). Psiquiatria Social e Reforma Psiquiátrica. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Brasil (1988/1998). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Autor. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/518231/CF88_Livro_EC91_2016.pdf

Campos, Rosana Onocko; Passos, Eduardo & Palombini, Analice. (2014). Gestão autônoma da medicação – Guia de Apoio a Moderadores. DSC/FCM/UNICAMP; AFLORE; DP/UFF; DPP/UFRGS: Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/laboratorio-saude-coletiva-e-saude-mental-interfaces

Campos, Rosana Onocko; Passos, Eduardo; Leal, Erotildes; Palombini, Analice; Serpa, Octavio; Emerich, Bruno; Marques, Cecília…Carvalho, Julia. (2012). Guia da gestão autônoma da medicação – GAM DSC/FCM/UNICAMP; AFLORE; IPUB/UFRJ; DP/UFF; DPP/UFRGS: Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/laboratorio-saude-coletiva-e-saude-mental-interfaces

Castro, Edgardo (2009). Vocabulário de Foucault: um percurso pelos seus temas, conceitos e autores. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

Dimenstein, Magda; Severo, Ana Kalliny; Brito, Monique; Pimenta, Ana Lúcia; Medeiros, Vanessa & Bezerra, Edilane (2009). O apoio matricial em Unidades de Saúde da Família: experimentando inovações em saúde mental. Saúde Sociedade, 18(1), 63-74. https://doi.org/10.1590/s0104-12902009000100007

Faculdade de Ciências Médicas - Universidade Estadual de Campinas (s/f). Laboratório Saúde Coletiva e Saúde Mental – Interfaces. Recuperado de: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/laboratorio-saude-coletiva-e-saude-mental-interfaces

Fischer, Rosa Maria Bueno (2001). Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, 114,197-223. https://doi.org/10.1590/S0100-15742001000300009

Foucault, Michel. (1977/2006). Estratégia, Poder-Saber. In Ditos e Escritos (vol. IV, pp. 328-344). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Foucault, Michel. (1994/2001). Estética: literatura e pintura, música e cinema. In Ditos e escritos. (vol. III, pp. 264-295). Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Huning, Simone Maria & Scisleski, Andrea Cristina Coelho (2018). Ressonâncias de uma epistemologia foucaultiana em psicologia social. Psicologia e Sociedade, 30, 1-10. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30170632

Ministério da Saúde (2011). Carta dos direitos dos usuários da saúde. Brasília: Autor.

Oliveira, Maria Marly (2007). Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis, Vozes.

Pacheco, Raquel Ferreira & Silva, Celso Renato (2018). (Con) viver com a loucura: por um cuidado extramuros. Revista Pólis e Psique, 2(8), 140-161. https://doi.org/10.22456/2238-152x.78136

Passos, Eduardo; Carvalho, Silvia Vasconcelos & Maggi, Paula Milward de Andrade (2012). Experiência de autonomia compartilhada na saúde mental: o “manejo cogestivo” na Gestão Autônoma da Medicação. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 7(2), 269-278.

Revel, Judith. (2005). Michel Foucault: conceitos essenciais. São Carlos: Claraluz.

Rodrigues, Sandro. (2014). Modulações de sentidos na experiência psicotrópica. Tese de Doutorado inédita, Universidade Federal Fluminense, Niterói.

Rodriguez del Barrio, Lourdes; Perron, Nadine & Ouellette, Jean-Nicolas (2008). Psicotrópicos e saúde mental: escutar ou regular o sofrimento? In Rosana Onocko-Campos, Juarez Pereira Furtado, Eduardo Passos & Regina Benevides (Orgs.), Pesquisa Avaliativa em Saúde Mental: desenho participativo e efeitos da narratividade (pp. 125-162). São Paulo: Editora Hucitec.

Rosa, Lúcia. (2003). Transtorno mental e o cuidado na família. São Paulo: Cortez.

Rosa, Barbara Paraiso Garcia Duarte & Winograd, Monah (2011). Palavras e pílulas: sobre a medicamentalização do mal-estar psíquico na atualidade. Psicologia e Sociedade, 23, 37-44. https://doi.org/10.1590/S0102-71822011000400006

Seixas, Rogério Luis da Rocha (2011). A condição estratégica do exercício do poder em Michel Foucault. Revista de filosofia Argumentos, 3(5), 71-80.

Soalheiro, Nina Isabel (2012). Política e empoderamento de usuários e familiares no contexto brasileiro do movimento pela reforma psiquiátrica. Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, 4(8), 30- 44.

Zambillo, Marciana. (2015). Autonomias errantes: entre modos de ser autoimpostos e possibilidades de invenção de si. Dissertação de Mestrado inédita, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Biografía del autor/a

Fernanda dos Santos Cavalheiro, Universidade Federal de Santa Maria

Mestranda cabello Cartaz Programa-Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Armazenista dá CAPES.

Marcos Adegas de Azambuja, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

  Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Professor do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Publicado

30-04-2020

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.